7 BENEFÍCIOS DO ALECRIM NA DIETA DOS PETS

Quer saber 7 benefícios do alecrim na dieta dos cães e gatos? Confira nesse post!
7 BENEFÍCIOS DO ALECRIM NA DIETA DOS PETS 1

O alecrim é uma planta aromática oriunda da região do Mediterrâneo muito conhecida pelo seu uso terapêutico e na culinária. É também usado para aromatizar alimentos, bebidas e cosméticos.

Na medicina humana ele tem sido usado como erva medicinal em diferentes situações. Pelo efeito de promover relaxamento dos músculos lisos tem sido utilizado como antiespasmódico na cólica renal, na dismenorreia (cólica menstrual) e no alívio de distúrbios respiratórios. Além disso também é descrito como auxiliar para estimular o crescimento dos cabelos.

Suas propriedades medicinais são atribuídas aos seus diversos compostos, como os das classes dos diterpenos, flavonoides e ácidos triterpênicos (ácido oleanólico, ursólico e betulínico).

PROPRIEDADES DO ALECRIM

Nutricionais

O alecrim é rico em minerais como o ferro e cálcio e vitaminas A, K, B1, B2 e B6.

Antioxidantes

O alecrim contém antioxidantes, ou seja, moléculas que ajudam a neutralizar os radicais livres que danificam as células do corpo e desempenham papel na fisiopatologia de doenças e no processo de envelhecimento.

As propriedades antioxidantes do alecrim podem ser atribuídas à presença de diterpenos fenólicos, como o rosmanol, ácido carnósico, carnosol e ácido rosmarínico.

Ele tem sido muito empregado como antioxidante em produtos comerciais, como as rações, para evitar a deterioração dos produtos e aumentar seu tempo de prateleira. Ele tem sido usado cada vez mais como substituto aos antioxidantes sintéticos BHA (2,3-terc-butil-4-hidroxianisol) e BHT (2,6-diterc-butil-p-creso), aditivos que são proibidos de serem utilizados em vários países devido aos seus efeitos indesejáveis no organismo (alteração de enzimas do fígado), além de serem cancerígenos! Caso você ofereça ração ou petiscos pro seu pet: dê uma lida na lista de ingredientes. Contém BHA e BHT? Então fuja desse produto!

Antimicrobianas

Estas propriedades parecem estar relacionadas com a presença de borneol, pinenos, cineol e cânfora. Já foi relatado o sinergismo entre antibióticos e extratos de alecrim, possibilitando que antibióticos ineficazes apresentassem ação sobre bactérias resistentes.

Anti-inflamatórias

Em um estudo verificou-se que o extrato de alecrim tinha poder anti-inflamatório devido as suas propriedades imunorreguladoras.

Anticâncer

Estudos sugerem que as ervas de alecrim contêm vários compostos em seu perfil fitoquímico com atividade antiproliferativa e citotóxica contra diferentes linhagens celulares tumorais (melanoma, carcinoma do cólon, hepatoma, câncer de cólon, tumores mamários e de pele, neuroblastoma). Os compostos mais citados são o ácido betulínico, ácido carnósico, ácido oleanólico, ácido ursólico, ácido rosmarínico e carnosol.

Também foi demonstrado que as propriedades anticâncer dos extratos de alecrim podem ser atribuídas indiretamente devido à ativação de macrófagos, que têm capacidade de destruir células cancerígenas secretando vários mediadores pró-inflamatórios. Além disso, o extrato de alecrim tem potencial de inibir a angiogênese.

Verificou-se também em um estudo que o extrato de alecrim atua regulando positivamente o óxido nítrico nas células cancerígenas, que por sua vez atua induzindo a apoptose celular.

Hepatoprotetoras

Um estudo demonstrou o poder hepatoprotetor de extratos de alecrim em um teste realizado com ratos onde a hepatotoxicidade foi induzida pela administração de azatioprina.

Essa medicação induz o estresse oxidativo através do esgotamento da atividade de antioxidantes e do aumento do nível de malondialdeído no fígado, o que aumenta os níveis de ALT e AST no sangue. A investigação demonstrou que o extrato de alecrim ajudou a restaurar os níveis de AST e ALT ao normal e pode ser considerado como bom agente de proteção contra a toxicidade da azatioprina.

Antidiabetogênicas

Em um trabalho com coelhos diabéticos foi demonstrado que a administração de doses altas do extrato de alecrim foi capaz de reduzir significativamente o nível de glicose sanguínea e aumentar a concentração sérica de insulina nesses animais.

No estudo discute-se que a hiperglicemia induz a geração de radicais livres, o que gera estresse oxidativo e contribui para o desenvolvimento e progressão do diabetes e suas complicações. Eles concluem que devido às potentes propriedades antioxidantes do alecrim esta erva exerce notável efeito antidiabetogênico.

Cuidado!

Não é recomendado para fêmeas gestantes, pois o alecrim pode estimular a motilidade uterina e provocar aborto.

Vale muito a pena acrescentar um pouquinho dessa erva medicinal na dieta do seu peludo! Você pode acrescentar o alecrim fresco ou desidratado.

REFERÊNCIAS

Al-Sereiti, M. R., Abu-Amer, K. M., & Sen, P. (1999). Pharmacology of rosemary (Rosmarinus officinalis Linn.) and its therapeutic potentialsIndian journal of experimental biology37(2), 124–130.

Amin A., Hamza A.A. Hepatoprotective effects of Hibiscus, Rosmarinus and Salvia on azathioprine-induced toxicity in rats. Life Sci. 2005 Jun 3;77(3):266-78.

Bakirel, T., Bakirel, U., Keleş, O. U., Ulgen, S. G., & Yardibi, H. (2008). In vivo assessment of antidiabetic and antioxidant activities of rosemary (Rosmarinus officinalis) in alloxan-diabetic rabbitsJournal of ethnopharmacology116(1), 64–73.

Cheung, S., & Tai, J. (2007). Anti-proliferative and antioxidant properties of rosemary Rosmarinus officinalis. Oncology reports17(6), 1525–1531.

GACHKAR, L., YADEGARI, D., REZAEI, M.B., TAGHIZADEH, M., ASTANEH, S.A., RASOOLI, I. Chemical and biological characteristics of Cuminum cyminum and Rosmarinus officinalis essential oils. Food Chemistry. 2007, 100:3, 898-904.

Hussain, A. I., Anwar, F., Chatha, S. A., Jabbar, A., Mahboob, S., & Nigam, P. S. (2010). Rosmarinus officinalis essential oil: antiproliferative, antioxidant and antibacterial activities. Brazilian journal of microbiology : [publication of the Brazilian Society for Microbiology]41(4), 1070–1078.

Inatani R, Nakatani N, Fuwa H. Antioxidative effect of the constituents of rosemary (Rosmarinus officinalis L.) and their derivatives. Agricultural and Biological Chemistry. 1983 Mar;47(3):521-528.

KONTOGIANNI, V. G., TOMIC, G., NIKOLIC, I., NERANTZAKI, A. A., SAYYAD, N., STOSIC-GRUJICIC, S., STOJANOVIC, I., GEROTHANASSIS, I. P., & TZAKOS, A. G. (2013). Phytochemical profile of Rosmarinus officinalis and Salvia officinalis extracts and correlation to their antioxidant and anti-proliferative activity. Food chemistry, 136(1), 120–129.

Oluwatuyi, M., Kaatz, G. W., & Gibbons, S. (2004). Antibacterial and resistance modifying activity of Rosmarinus officinalisPhytochemistry65(24), 3249–3254.

SOUZA, T. M. P.; CONCEIÇÃO, D. M. Atividade antimicrobiana do alecrim (Rosmarinus officinalis L.). 15º Simpósio Internacional de Iniciação Científica da Universidade de São Paulo – SIICUSP.

VEIGA JÚNIOR, V.F.; PINTO, A.C.; MACIEL, M.A.M. Plantas medicinais: cura segura? Química Nova, v.28, n.3, p.519-28, 2005.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *